Se é possível falar de "novas linguagens" ou novas formas de prática cultural emanando da África hoje, então Kendell Geers está na linha de frente deste discurso. As estratégias de apropriação e as instalações de vídeo de Geers abarcam uma posição crítica de contínua redefinição e posicionamento, que por sua vez testemunha a urgência com que questões de autoridade e de política de representação são abordadas. Em sua avaliação da sociedade contemporânea, Geers maliciosamente parodia estas narrativas rompidas em uma memorável orgia visual, que incorpora imediacidade, violência, desejo incansável e distúrbio com um abundante substrato político. Em uma série de obras de vídeo em andamento, Geers conseguiu apropriar-se com êxito de imagens de filmes da indústria americana e européia, como Heart of Darkness e Silence of the Lambs. Em uma dupla projeção de vídeo recente (T.W. Shoot, 1999), Geers assimilou metragem de vários filmes que mostram imagens de tiros, oferecendo uma visão caleidoscópica da ação de violência barata. Todo mundo, de Clint Eastwood a Robocop, aparece esporadicamente atirando com armas em brasa. O trabalho alude a uma orgia de consumo popular. As elaboradas estruturas de apoio são concebidas na forma de torres de vigia que confrontam o espectador em um ataque visual. As múltiplas projeções e monitores podem ser vistos como uma forma de escultura. O som em várias das instalações tem um papel significante em prover feedback e distúrbio.
|
|||
KENDELL
GEERS Geers appropriation strategies and video installations encompass a critical position of continuous redefinition and positioning, which in turn bears witness to the urgency with which questions of authority and the politics of representation are addressed. In his evaluation of contemporary society, Geers wickedly parodies these ruptured narratives in a memorable visual orgy, which incorporates immediacy, violence, unrelenting desire and disturbance with an abundant political undercurrent. In an ongoing series of video works, Geers has successfully appropriated images from mainstream American and European films, such as Heart of Darkness and Silence of the Lambs. In a more recent double screen projection (T.W. Shoot, 1999), Geers has assimilated various footage from films that depict images of shooting, offering a kaleidoscope of pulp action. Everyone from Clint Eastwood to Robocop sporadically appears blasting away with a flaring gun. The work alludes to an orgy of popular consumption. The artist"s elaborate scaffolding structures are conceived in the form of watch-towers that confront the viewer in a visual onslaught. The multiple projections and monitors can be said to form a video sculpture. Sound in
several of the installations plays a significant role in providing feedback
and disturbance.
|
|||